História de Georgia
Georgia é uma fonte serifada projetada em 1993 por Matthew Carter e sugerida por Tom Rickner para a Microsoft. A intenção era ser uma fonte serifada que parecesse elegante, mas legível quando impressa em tamanho pequeno ou em telas de baixa resolução. A fonte é inspirada nos designs romanos escoceses do século XIX e foi baseada nos designs de uma fonte impressa na qual Carter estava trabalhando quando contatado pela Microsoft; este seria lançado sob o nome de Miller no ano seguinte.
Como um design serifado de transição, Georgia mostra uma série de características tradicionais de fontes serifadas “racionais” do início do século XIX, como traços alternados grossos e finos, terminais esféricos e um eixo vertical. Falando em 2013 sobre o desenvolvimento da Georgia e de Miller, Carter disse: “Eu estava familiarizado com os romanos escoceses, intrigado com o fato de que eles já tinham sido tão populares… e depois desapareceram completamente.” os designs são letras minúsculas ou figuras de texto, projetados para se misturar em texto contínuo; na época, esse era um recurso raro em fontes de computador.
Georgia foi projetada para proporcionar clareza num monitor de computador, mesmo em tamanhos pequenos. Ela apresenta uma grande altura x (letras minúsculas altas) e seus traços finos são mais grossos do que seria comum em uma fonte projetada para uso em exibição ou com a maior nitidez possível na impressão. O seu contraste reduzido e serifas espessas fazem com que se assemelhe um pouco aos designs de Clarendon do século XIX. Os glifos foram sugeridos manualmente.
Georgia é um “romano escocês”, um estilo que se originou em tipos vendidos pelas fundições escocesas de Alexander Wilson e William Miller no período de 1810-1820. De acordo com Thomas Curson Hansard, estes foram cortados pelo perfurador Richard Austin, com sede em Londres. Hansard estava escrevendo durante a vida de Austin, e esta atribuição é aceite pelo biógrafo de Austin, Alastair Johnston, embora o historiador James Mosley tenha expressado cautela sobre a atribuição.
